Na dinâmica dos relacionamentos da vida, a regra muda quando se trata da relação entre pais e filhos, que funciona dessa forma: “pais dão, filhos tomam”. Nesta alçada, entre pais e filhos, além da Lei do Equilíbrio, adentramos ainda em outra Lei Sistêmica, a Lei da Ordem.
Os filhos não conseguem (e nem precisam) compensar o que receberam dos pais, simplesmente porque eles receberam muito, e isso é grande demais para que eles possam compensar. Para começar, os filhos recebem dos pais “a vida”, que é o que de mais importante eles precisam ao seu desenvolvimento espiritual neste planeta: a vida. Existem filhos que recebem a vida, mas não a tomam. Quem de fato toma a vida, sente real vontade de viver, a pessoa quer continuar, ela busca forças para lutar, ela enfrenta e desafia o destino. Quem toma a vida vai à luta, e mesmo quando desanima, não desiste e recomeça. Além da vida os filhos recebem dos pais (ou responsáveis) amor, abrigo, alimentação, educação, estrutura moral, cuidados etc, ou seja, recebem muito.
Para filhos que se sentem em dívida com os pais, é hora de deixar essa postura de lado. Pai dá, filho toma, simples assim - cada um no seu papel, e no seu lugar (Lei da Ordem). É importante abrir o coração a receber a vida e tudo o mais que lhe foi dado, aqui a compensação aos pais se dá pelo sentimento de HONRA e GRATIDÃO. Honre seus pais e os agradeça pela sua vida!
No âmbito entre pais e filhos, se os filhos assumem o lugar de pais dos seus pais, ocorre um grande desequilíbrio com graves consequências à relação e ao sistema, pois a Ordem está sendo desrespeitada. Se houver inversão da ordem, nem mesmo o amor dará conta de sustentar esse tipo de relação. Compreenda, aceite e respeite “A Ordem” em seu coração. Aos pais o papel de serem pais, aos filhos o de serem filhos. No caso de filhos que se veem na condição de cuidadores dos próprios pais, e isso ocorre com frequência e são situações impostas pelo próprio curso da vida: cabe ao filho auxiliá-los, mas atentos para não inverterem “a ordem”, mesmo estando em situação de vulnerabilidade, aquele ancestral veio antes e precisa ser respeitado e tratado com amor e respeito.
As pessoas que já conseguiram “tomar” seus pais em seu coração, os aceitando e amando, sem julgamentos, exatamente como eles foram ou são, compreendendo que eles fizeram o que sabiam fazer, e deram o que podiam e como sabiam dar, são pessoas que tem mais chances em desenvolver bons relacionamentos interpessoais, amorosos e profissionais. Quem tomou o que de bom os seus pais tinham a ofertar tem mais chances em ter sucesso na vida, em todos os aspectos. Quem aprendeu a dar e tomar, em equilíbrio, conseguirá fluir na vida, dando e se abrindo a também receber. A maioria das pessoas infelizmente ainda não aprendeu a tomar as coisas boas, elas não se sentem merecedoras, neste ponto se faz necessário trabalhar as crenças arraigadas de não-merecimento.
Da mesma forma que os pais, os professores são naturalmente doadores, eles são generosos, vieram à Terra com esta programação. Na relação com os professores a dinâmica é a mesma: professores dão, discentes tomam (com a diferença de que os professores são remunerados financeiramente para isso). Além da honra e da gratidão, existe uma outra maneira em compensar o que recebemos de bom dos pais e dos professores, e isto “alivia o campo”, que é: “passar adiante”, transmitindo a outras pessoas ou à geração seguinte (aos seus próprios filhos) o que você aprendeu de bom com seus pais e professores, em outras palavras, transmitindo os seus dons e habilidades, o seu Dharma.
Com amor,
Aline Keny
Tomar a vida, respeitar os pais e professores, e passar nossa sabedoria adiante é algo muito importante. Vamos juntos?
Se sentir, compartilhe este texto com as pessoas queridas ao seu coração.
No próximo post continuaremos com o tema da Lei do Equilíbrio!
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