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Divórcio Energético e Limites de Energia


divorcio

Alguém mais está se sentindo sobrecarregado energeticamente?

Não somos forçados a fazer nada pelo Universo, mas, quando a energia se move tão rapidamente e tanto quanto está agora, podemos obter um impulso definitivo para cuidar de nosso desalinhamento e mau uso de nossa energia. Este é um daqueles momentos em que podemos explorar o potencial de uma limpeza energética necessária e talvez até mesmo considerar um divórcio energético.


Todos nós temos relacionamentos e situações de vida, passadas ou presentes, nas quais há um desalinhamento energético definido entre nós e alguém ou algo. Você sabe do que estou falando, aquelas situações em que você dá e dá e dá e espera por um retorno sobre seu investimento. Ou onde você tem grandes expectativas por alguém ou algo e investe 100% de seu tempo, energia e esforço, e nada acontece. Ou onde você defende alguém até que ele possa usar seus próprios recursos de energia e parece que essa pessoa nunca toma esta iniciativa. Temos uma decisão a tomar aqui: ou vamos continuar fornecendo energia para esta situação ou vamos promover um divórcio energético.

É muito nobre agir como curadores de outras pessoas, entretanto chega um ponto em que precisamos olhar para o investimento de nosso tempo, esforço, energia e o retorno sobre o investimento que estamos recebendo. É quando chegamos a uma encruzilhada – algo tem que mudar, porque não podemos mais continuar a vazar energia, drenar nossos recursos e dar a uma situação que não nos dá retorno.

Claro que não somos obrigados a tomar esta decisão, podemos continuar a fornecer suprimentos infinitos de energia para uma situação que esperamos que um dia nos dê um retorno e, às vezes, fazemos isso. Fazemos isso na expectativa de que “se tentarmos mais uma vez” isso fará a diferença e eventualmente conseguiremos o que queremos.

Temos várias opções para responder a uma situação e elas estão em diferentes níveis. Vejamos o NÍVEL EMOCIONAL:

Ficamos com raiva quando nos sentimos sugados, usados e nossos esforços são ignorados ou desconsiderados. Queremos validação, consideração e reconhecimento e, o mais importante, queremos um resultado satisfatório. Não apenas qualquer resultado antigo, porém, temos expectativas e uma agenda. Queremos o resultado pelo qual temos trabalhado.

É aqui que podemos dar ultimatos, criar muito drama e exigir uma recompensa ou retorno por nossos enormes esforços. E, estamos em nosso direito, mas isso não significa que conseguiremos o que queremos.

Em um nível energético nós nos sentimos com direito ao que desejamos porque demos muita energia para criar uma transformação poderosa em alguém. Vimos alguém ou algo em sua luz e aspectos mais elevados e sustentamos esta visão para a pessoa, até que ela pudesse entrar nela. Sentimo-nos usados, sugados, como se tivéssemos desperdiçado nossos recursos energéticos.

Se estivermos em um casamento onde nosso parceiro está constantemente nos ignorando, discutindo conosco, sendo infiel, mentindo para nós. Um casamento onde sentimos que não há troca emocional saudável. Eventualmente, chegaremos ao fim do caminho emocional e energético e desejaremos o divórcio. Nessas situações, estamos em um estado emocionalmente carregado e isso é perturbador e podemos até querer vingança.

Você pode se relacionar com alguma dessas coisas?

É útil lembrar que embora sintamos as conexões emocionais com pessoas e situações, nossa conexão inicial e mais importante com elas é energética. Na verdade, tudo o que fazemos em qualquer relacionamento tem uma base energética e cada decisão que tomamos nesses relacionamentos deve ser considerada em um nível energético. Este é o aspecto do relacionamento em que raramente pensamos, especialmente quando estamos em uma situação emocionalmente carregada, onde nossa energia está alimentando nossas expectativas, muitas vezes, irracionais e ilusórias. Emocionalmente queremos o divórcio, e mesmo estando separados fisicamente de alguém que não está atendendo às nossas necessidades emocionais, ainda existe uma ligação em nível energético.

O divórcio é altamente emocional e como alguém que trabalhou como assistente de advocacia nos dias de 'Kramer vs. Kramer' na década de 90, com audiências de divórcio caras e altamente opressivas, eu vi meu quinhão de batalhas de divórcio contestadas. Apoiei e treinei muitos clientes durante divórcios e descobri que, além de ajudá-los a lidar com suas conexões emocionais com seus parceiros, eu tive que lhes mostrar como obter um divórcio energético de seus parceiros também, caso contrário, eles nunca seriam capazes de se desconectar emocionalmente e isto provou ser uma batalha custosa e devastadora que eles nunca ganhariam.

A fim de ter um divórcio energético eficaz, que é como nos separamos energeticamente de alguém e de todas as emoções que nos conectam a elas, devemos ir além e criar fortes limites de energia. São estes limites energéticos que nos ajudam a curar nossos próprios sentimentos feridos, emoções de baixa densidade, e nos proporcionam um tempo para lidar com nossas necessidades de vingança, justificativa, validação e encerramento de ciclo.

Um divórcio energético é uma separação intencional de nosso campo de energia do de outra pessoa, mesmo assim isso não é tão simples quanto “ir embora”. Você sabe disso se já passou por um divórcio legal.

Deixe-me acrescentar que um divórcio energético não significa que nos separamos fisicamente de alguém, não é o tipo de separação que acontece em um divórcio conjugal, e apesar disso, pode ser.

Para que exista um relacionamento equilibrado a outra pessoa tem que estar disposta a compartilhar as responsabilidades de energia de um relacionamento, e, se não puder, haverá uma separação física.

Para um divórcio energético efetivo, temos que, em primeiro lugar, lidar com nossos próprios sentimentos e emoções e em seguida encontrar uma maneira de nos permitir a conclusão e o fechamento do ciclo. Isso deixa o relacionamento sem pontas soltas, expectativas não atendidas e olhares para trás na esperança de “mais uma vez”.

Os limites energéticos criam um campo de força que nos ajuda a gerenciar nossos fluxos internos. Sem limites de energia, não controlamos para onde vai nossa força e quem tem acesso e pode se conectar com nosso campo energético. Quando estabelecemos firmes limites de energia, decidimos a frequência e vibração de nossas conexões, e isso permite que pessoas que não sabem lidar e respeitar ou se alinhar com nossos limites energéticos pessoais fiquem longe de nós. Agora, um lembrete aqui. Quando você aprende a estabelecer seus limites energéticos, isso não significa que as pessoas gostarão deles. Provavelmente não gostarão e você encontrará muita resistência. A necessidade de estabelecer limites de energia e como as pessoas respondem a eles são duas questões totalmente diferentes.

Para que um divórcio energético seja eficaz faz-se necessário que os limites de energia estejam bem definidos, porque embora você não obtenha a validação ou a justificativa que deseja da outra pessoa, terá um pouco mais de facilidade em controlar suas próprias emoções. Quando você estabelecer um novo caminho a seguir, terá mais sucesso, pois isto evita alimentar esperanças com aquele olhar para trás de "mais uma vez...".

Um divórcio energético corta os cordões energéticos que você tem com alguém e isso também diminui as conexões emocionais com esta pessoa – não inteiramente, ainda pode haver a necessidade de trabalho interno. Porém, através desta desconexão, você deixa de alimentar a dor, a mágoa e os buracos negros emocionais que fazem parte desses relacionamentos e para de ruminar todas as expectativas que não foram atendidas.

Em um divórcio energético você decide interromper o fluxo de energia que sai do seu campo para outra pessoa ou algo. Você toma uma firme decisão e escolhe o tipo de energia que deseja manter em sua vida e isso cria a porta de acesso à desconexão energética. Mesmo assim, você também precisa abordar as questões emocionais que são a origem e verdadeira razão pela qual está difícil se desconectar de alguém e seguir em frente.

Em um divórcio energético, como num divórcio conjugal, ainda pode haver sentimentos de arrependimento, esperança e um desejo por um final diferente. Estabelecer fortes limites de energia criará a estrutura de cura para que se possa divorciar energeticamente e seguir em frente, permitindo que o passado seja uma bênção e sirva como aprendizado a nos lembrar de como é importante estabelecermos limites pessoais de energia. É importante aprendermos a conhecer e gerenciar nossas emoções, evitando nos relacionar com nossas próprias expectativas, assim vamos aprendendo a aceitar as escolhas dos outros e vê-las como são, não como gostaríamos que fossem ou esperamos que possam se tornar um dia.

Este é o momento de um divórcio energético em sua vida?

Aqui estão alguns sinais de que um divórcio energético pode ser uma boa opção para você:

  • Você está em um relacionamento com alguém e espera que um dia essa pessoa mude;

  • Você está dando muito mais do seu tempo, energia e esforço do que está recebendo em troca;

  • Você se sente usado, sugado e desvalorizado, mesmo que não admita isso para si mesmo;

  • Você está vendo alguém em seus aspectos mais elevados, mas não é assim que essa pessoa está agindo na vida prática;

  • Você se sente mal e emocionalmente insatisfeito na maior parte do tempo que compartilha com esta pessoa;

  • Você quer deixar o relacionamento ou a situação e diz para si mesmo que irá, mas nunca o faz;

  • Você continua dando à pessoa ou à situação “mais uma chance” esperando que desta vez ela mude.

Divórcios energéticos, como nos divórcios judiciais, não são fáceis. Contudo, quando alguém nos mostra quem realmente é, precisamos aceitar isto e fazer uma escolha por nós mesmos, uma escolha que nos traga mais alegria, paz de espírito e gratificação. Para isso, às vezes é necessário promover um divórcio energético, usando a experiência passada como aprendizado quanto ao estabelecimento de fortes limites pessoais, para que assim possamos criar os relacionamentos amorosos, gratificantes, cheios de alegria e a vida que realmente queremos viver.

Texto por Jennifer Hoffman

 

Tradução e edição: Bailarina Celeste


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